sábado, 31 de julho de 2010

Informações Úteis

O que não é o espiritismo?

O Espiritismo não se compadece com negócios, comércio, aceitação de dinheiro em troca de auxílio.

Os espíritas não colocam anúncios nos jornais publicitando os seus dotes, prometendo curas e resolução de problemas.

Quem assim procede NÃO É ESPÍRITA. Quando muito poderão ser médiuns mas não são médiuns espíritas.

Os médiuns espíritas não cobram, não aceitam dinheiro e auxiliam com completo desinteresse, objectivando apenas o auxílio fraterno ao próximo, trabalhando sempre em grupo, nos centros espíritas e nunca sozinhos.

O Espiritismo não tem sacerdotes, chefes, hierarquias, rituais, cerimónias, sacramentos, cultos, imagens, santos, velas, defumadouros, vestes especiais, nem tem nada a haver com superstição, crendice, curandeirismo, magia, bruxaria, adivinhação.

O Espiritismo é cultura.

As obras básicas do espiritismo, também conhecidas como codificação espírita, são cinco livros publicados pelo pedagogo Hippolyte León Denizard Rivail, sob o pseudónimo de Allan Kardec, entre 1857 e 1868, na França. São elas, por ordem de publicação:

  • O Livro dos Espíritos - Obra essencialmente filosófica, em que se estabelecem os princípios da Doutrina Espírita (1857);
  • O Livro dos Médiuns - Versa sobre o carácter experimental e investigativo do espiritismo, visto como ferramenta teórico-metodológica para se compreender uma "nova ordem de fenómenos", até então jamais considerada pelo conhecimento científico: os fenómenos ditos espíritas ou mediúnicos, que teriam como causa a intervenção de espíritos na realidade física (1861);
  • O Evangelho segundo o Espiritismo - Obra de cunho essencialmente moral, em que Kardec selecciona os Evangelhos canónicos da Bíblia como ponto de partida para a inferência de fundamentos morais comuns a todos os "grandes sistemas religiosos", fundamentos esses cuja consonância com o espiritismo procura ser demonstrada por ele (1864);
  • O Céu e o Inferno - Composta de duas partes: na primeira, Kardec realiza um exame crítico da doutrina católica sobre a transcendência, procurando apontar contradições filosóficas e incoerências com o conhecimento científico superáveis, segundo ele, mediante o paradigma espírita da fé raciocinada. Na segunda, constam dezenas de diálogos que teriam sido estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos, nos quais estes narram as impressões trazidas da existência transcendente (1865);
  • A Génese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo - Composta de três partes. A primeira parte trata da Génese, isto é, da formação dos mundos e da criação dos seres animados e inanimados. A segunda parte trata dos milagres; discute sobre o que pode ser considerado milagre, e explica, à luz do Espiritismo os muitos milagres feitos por Jesus. A terceira parte explica como e porque podem haver previsões de coisas futuras, pressentimentos e coisas assim (1868).

Outras publicações de Kardec

  • Obras Póstumas: serve como um complemento para a compreensão da Doutrina. São escritos e estudos do codificador, com anotações preciosas sobre os bastidores da fundação do Espiritismo. Tem este nome porque foi publicado após sua morte (desencarne).
  • O que é o Espiritismo?: de uma maneira didáctica, conduzindo os temas através de diálogos fictícios, o autor (Allan Kardec) procura introduzir o leitor nos conceitos básicos do Espiritismo. Assim sendo, este pode tomar conhecimento desses de maneira gradual, sem sobressaltos, e em linguagem bem mais acessível.
  • A Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos - (Revue Spirite - Journal d'Études Psychologiques) foi fundada por Allan Kardec, o codificador do Espiritismo em 1 de janeiro de 1858, tendo sido por ele editada até a sua desencarnação, ocorrida em 31 de Março de 1869.

Os números publicados durante esses 12 anos foram traduzidos para o português, podendo ser encontrados em três edições, uma pela Editora IDE - Instituto de Difusão Espírita, em tradução de Salvador Gentille, outra pela Editora Cultural Espírita Edicel, em tradução de Júlio Abreu Filho e, a mais recente, pela Federação Espírita Brasileira, em tradução de Evandro Noleto.

Como se poderá verificar, comparando os números editados por Kardec com as Obras Básicas, o Codificador utilizava a Revista Espírita para desenvolvimento e debate de ideias que seriam, muitas delas, após consolidadas, transferidas para os livros da Codificação publicados após O Livro dos Espíritos. Assim sendo, o estudo dos números da Revista Espírita publicados durante seus primeiros 12 anos é fundamental para entendimento da Doutrina Espírita.

Após a desencarnação de Kardec, a Revue Spirite permaneceu sendo publicada na França, com interrupções apenas entre 1915 e 1917, devido à Primeira Guerra Mundial, entre 1940 e 1947, devido à Segunda Guerra Mundial e entre janeiro de 1977 e maio de 1986 pelo abandono do título. Em 11 de maio de 1989 a Union Spirite Française et Francophone (USFF) - União Espírita Francesa e Francófona - obteve o registo oficial da Revue Spirite e reiniciou a sua edição em conjunto com o Conselho Espírita Internacional (CEI). Hoje a Revista Espírita é editada em francês, esperanto, espanhol, inglês, polonês e russo.

Aconselhamos a leitura da Obra Básica

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Conhecendo mais o Espiritismo.


Como conhecer o Espiritismo? Lendo os livros de Allan Kardec que poderá encontrar nas livrarias.

O Livro dos Espíritos – Tem 1019 perguntas e respostas (geralmente as questões que as pessoas colocam quando se interessam por este tema). Contém os princípios filosóficos do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e as suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade.

O Livro dos Médiuns – Contém a parte experimental do Espiritismo, explicando a mediunidade, como lidar com ela, os meios de comunicação e relacionamento com o mundo espiritual, bem como usar a mediunidade em segurança.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – É o livro dedicado à parte ético-moral da Doutrina Espírita, explicando os ensinamentos de Jesus, à luz do Espiritismo e a sua aplicação a diversas áreas da nossa vida, numa linguagem acessível e actual.

O Céu e o Inferno – Faz um estudo comparado entre as várias doutrinas sobre a vida para além da morte do corpo de carne, mostrando os mecanismos através dos quais a justiça e equidade divinas se manifestam no nosso dia-a-dia.

A Génese – Descreve-nos a criação da vida no Universo, a formação da Terra, dos seres vivos, e explica as leis dos fluidos e as leis que regem o mundo dos espíritos

sábado, 10 de julho de 2010

Princípios Básicos do Espiritismo


Logo abaixo, alguns princípios do Espiritismo, bom estudo!


A existência de Deus - que é o criador do Universo, suprema inteligência, causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, omnipotente, soberanamente justo e bom.

Imortalidade da alma – O Espiritismo demonstra experimentalmente que somos imortais, que o Espírito é eterno, que apenas o nosso corpo de carne morre, pesquisando esses factos com pessoas que têm a capacidade de captar o mundo dos Espíritos (médiuns ou pessoas dotadas de paranormalidade ou percepção extra-sensorial).

Comunicabilidade dos Espíritos – Através da mediunidade (capacidade que algumas pessoas têm para captar o mundo espiritual ou extrafísico) prova-se que é possível comunicar com aqueles a quem chamamos de “mortos”, mas que estão tão vivos como nós. Eles vêm do mundo espiritual dar provas inequívocas da sua imortalidade, com dados concretos que mais ninguém poderia saber, comunicando das suas alegrias ou tristezas, de acordo com os seus estados de alma, dando-nos ensinamentos para que não repitamos os mesmos erros, tendo assim o ensejo de sermos mais felizes.

A reencarnação –O Espiritismo diz-nos que já vivemos muitas vidas antes desta e que viveremos muitas mais. Todos os Espíritos foram criados simples e ignorantes e todos chegarão um dia ao estado de Espírito puro. Esse trajecto será mais ou menos demorado, de acordo com o livre-arbítrio de cada um, dependendo do seu esforço próprio. Somos nesta vida o somatório das vidas anteriores e a próxima vida dependerá também do que realizarmos nesta existência. Existe uma lei de causa e efeito. Nada acontece por acaso, existindo no nosso passado de vidas anteriores, causas para muitos dos problemas que temos hoje em dia. Seremos mais felizes ou infelizes na vida futura, de acordo com o que realizarmos nesta existência. A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória, como já nos advertira Jesus.

Pluralidade dos mundos habitados –O Espiritismo diz-nos que todos os planetas são, de um modo geral, habitados por Espíritos em diferentes estados evolutivos, ora em corpos adequados a esses planetas ora no mundo espiritual correspondente a esse planeta. Assim, as condições existenciais nesses planetas poderão, caso exista vida organizada como na Terra, ser iguais, inferiores ou superiores às da Terra.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Homem de Bem


Item 3 do Evangelho Segundo O Espiritismo, do capítulo XVII - Sede Perfeitos.


3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a demência do Senhor.
Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal..
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.